Última
reunião do Conselho de Administração em que o Senhor Professor
participou, na qualidade de administrador não executivo da Fundação
Calouste Gulbenkian.
|
É com alegria e gratidão que me
associo a esta homenagem a Eduardo Lourenço pelos seus noventa anos.
Alegria por termos connosco,
activo e interveniente, o maior pensador português do nosso tempo e o
intelectual ímpar que é Eduardo Lourenço. Senhor de um saber denso, sedimentado
e reflectido, é também uma consciência crítica, lúcida, independente e
inconformista que nos conforta – e nos confronta! – nestes tempos de incerteza
e dúvida, em que o nosso futuro colectivo aparece sem rumo, lasso de energia e
carente de valores. E a jovial disponibilidade com que continua a aceitar mil e
um convites para entrevistas e intervenções públicas, é um exemplo de lhaneza e
generosidade e o sinal evidente da sua grandeza de espírito.
Gratidão, como seu leitor e ouvinte.
Gratidão como seu amigo.
Desde que o ouvi pela primeira
vez, num Colóquio na Casa de Mateus, em 1978, tenho tido o benefício moral e o
prazer intelectual da convivência com a sua Obra e a sua palavra.
E também, a título pessoal, lhe
devo um profundo reconhecimento por ter colaborado comigo na EUROPÁLIA’91, por
ter participado no Conselho Consultivo da Culturgest e por ter aceite o convite
que lhe dirigi, em 2002, para Administrador não executivo da Fundação Calouste
Gulbenkian. Gratidão ainda, por ser a Fundação a editar as suas “Obras
Completas”, cujo primeiro volume tive o privilégio de apresentar em Outubro de
2011.
Por tudo, Eduardo, parabéns e
obrigado!
*Emílio Rui Vilar. Presidente do Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian (2002-2012)
Texto inédito gentilmente enviado pelo Autor para Ler Eduardo Lourenço.