sexta-feira, 17 de maio de 2013

Pensar Nove Décadas de Amizade (nº 58): Emílio Rui Vilar*



Última reunião do Conselho de Administração em que o Senhor Professor participou, na qualidade de administrador não executivo da Fundação Calouste Gulbenkian.


É com alegria e gratidão que me associo a esta homenagem a Eduardo Lourenço pelos seus noventa anos.
Alegria por termos connosco, activo e interveniente, o maior pensador português do nosso tempo e o intelectual ímpar que é Eduardo Lourenço. Senhor de um saber denso, sedimentado e reflectido, é também uma consciência crítica, lúcida, independente e inconformista que nos conforta – e nos confronta! – nestes tempos de incerteza e dúvida, em que o nosso futuro colectivo aparece sem rumo, lasso de energia e carente de valores. E a jovial disponibilidade com que continua a aceitar mil e um convites para entrevistas e intervenções públicas, é um exemplo de lhaneza e generosidade e o sinal evidente da sua grandeza de espírito.
Gratidão, como seu leitor e ouvinte. Gratidão como seu amigo.
Desde que o ouvi pela primeira vez, num Colóquio na Casa de Mateus, em 1978, tenho tido o benefício moral e o prazer intelectual da convivência com a sua Obra e a sua palavra.
E também, a título pessoal, lhe devo um profundo reconhecimento por ter colaborado comigo na EUROPÁLIA’91, por ter participado no Conselho Consultivo da Culturgest e por ter aceite o convite que lhe dirigi, em 2002, para Administrador não executivo da Fundação Calouste Gulbenkian. Gratidão ainda, por ser a Fundação a editar as suas “Obras Completas”, cujo primeiro volume tive o privilégio de apresentar em Outubro de 2011.
Por tudo, Eduardo, parabéns e obrigado!

*Emílio Rui Vilar. Presidente do Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian (2002-2012)
Texto inédito gentilmente enviado pelo Autor para Ler Eduardo Lourenço.