Jardins da Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa (Outono de 2009) |
A fotografia que acompanha este depoimento foi tirada no Outono de 2009, nos jardins da Fundação Calouste Gulbenkian. O tempo ainda não passou por essa imagem. Nesses meses, António Franco (diretor do Museu Extremenho e Iberoamericano de Arte Contemporânea de Badajoz), o artista e poeta Luís Manuel Gaspar e eu próprio (todos, na imagem, da esquerda à direita) lutávamos contra a corrente na nossa tentativa de realizar a exposição Suroeste. Relações literárias e artísticas entre Portugal e Espanha (1890-1936). Andávamos nessa aventura desde 2007, submersos no trabalho de pesquisa e planificação duma mostra ambiciosa, com mais de 400 peças, que pretendia mostrar ao público a riqueza dessas relações, tantas vezes esquecidas, e o rumo comum ou paralelo das duas maiores culturas ibéricas nas primeiras décadas do Século XX, até ao início da Guerra Civil espanhola.
O professor Eduardo Lourenço foi, logo desde a nossa primeira conversa à volta da exposição, em 2008, o maior simpatizante e o maior apoio, digamos, ideológico do nosso projeto. Ele acreditou fielmente na ideia, e eu senti pessoalmente esse apoio. Cada vez que nos encontrávamos, cada vez que um ou outro amigo falava com ele sobre qualquer tema relacionado com Espanha ou com a cultura espanhola, ele não se esquecia do nosso projeto e sempre perguntava por ele e mandava uma palavra de ânimo e nos pedia para não desfalecermos.
Quando a exposição, já na fase final de produção, bateu frontalmente com o gigante da crise económica, o Professor Eduardo Lourenço resolveu apoiar-nos ainda com mais força. Escreveu um inteligente e belíssimo texto para o catálogo da mesma, que editou em Portugal Assírio&Alvim e em Espanha o Ministério da Cultura, e fez questão de estar presente na inauguração em Badajoz, em Abril de 2010. Em Portugal não chegou, infelizmente e apesar de tanto trabalho, a ser inaugurada.
Sem esse apoio, sem a palavra rigorosa e amiga do Eduardo Lourenço, não sei se a Suroeste poderia ter avançado. Ele transformou-se na alma do projeto, num dos motivos principais para não o deixarmos cair. Bem haja. O meu agradecimento foi e será sempre imenso. Ele sempre demonstrou acreditar profundamente nas relações entre Portugal e Espanha. Bem haja. E aí continuamos. Obrigado.
O professor Eduardo Lourenço foi, logo desde a nossa primeira conversa à volta da exposição, em 2008, o maior simpatizante e o maior apoio, digamos, ideológico do nosso projeto. Ele acreditou fielmente na ideia, e eu senti pessoalmente esse apoio. Cada vez que nos encontrávamos, cada vez que um ou outro amigo falava com ele sobre qualquer tema relacionado com Espanha ou com a cultura espanhola, ele não se esquecia do nosso projeto e sempre perguntava por ele e mandava uma palavra de ânimo e nos pedia para não desfalecermos.
Quando a exposição, já na fase final de produção, bateu frontalmente com o gigante da crise económica, o Professor Eduardo Lourenço resolveu apoiar-nos ainda com mais força. Escreveu um inteligente e belíssimo texto para o catálogo da mesma, que editou em Portugal Assírio&Alvim e em Espanha o Ministério da Cultura, e fez questão de estar presente na inauguração em Badajoz, em Abril de 2010. Em Portugal não chegou, infelizmente e apesar de tanto trabalho, a ser inaugurada.
Sem esse apoio, sem a palavra rigorosa e amiga do Eduardo Lourenço, não sei se a Suroeste poderia ter avançado. Ele transformou-se na alma do projeto, num dos motivos principais para não o deixarmos cair. Bem haja. O meu agradecimento foi e será sempre imenso. Ele sempre demonstrou acreditar profundamente nas relações entre Portugal e Espanha. Bem haja. E aí continuamos. Obrigado.
*Antonio Sáez Delgado.
Investigador, Tradutor e Escritor.
Professor na Universidade de Évora.
Texto inédito gentilmente enviado pelo
Autor para Ler Eduardo Lourenço.