No passado dia 6 de Junho, na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, em sessão que integrava o programa do Colóquio Portugal e o seu Destino, uma organização do Centro de Estudos Ibéricos por ocasião do 90º aniversário de Eduardo Lourenço, foram lançados três novos títulos da colecção Iberografias, uma série que, numa primeira fase esteve associada à antiga casa portuense Campo das Letras (entretanto extinta), mas que nos últimos anos ganhou um novo fôlego com a ajuda de uma nova parceria estabelecida com a Âncora Editora. Em que consistem os três livros apresentados, que estão a partir de agora disponíveis nas principais livrarias de todo o país?
Vida Partilhada, Eduardo Lourenço, o CEI e a Cooperação Cultural (nº 21 da colecção) é um conjunto de textos dispersos (alguns deles inéditos) da autoria de Eduardo Lourenço que têm como elemento comum a cidade da Guarda e o Centro de Estudos Ibéricos. A dimensão circunstancial destes escritos não lhes retira importância, pois, bem vistas as coisas, não é, como o próprio Eduardo Lourenço tantas vezes o refere, toda a obra do ensaísta fruto de uma certa contingência?
Falar Sempre de Outra Coisa. Ensaios sobre Eduardo Lourenço (nº 22), de João Tiago Lima, e Metafísica da Revolução. Poética e Política no Ensaísmo de Eduardo Lourenço (nº 23), de Teresa Filipe são dois novos contributos para a cada vez mais extensa bibliografia sobre a obra do ensaísta.
Na foto que a seguir se reproduz é possível ver, da esquerda para a direita, Teresa Filipe, João Tiago Lima (que falou sobre Metafísica da Revolução), António Pedro Pita (a quem coube “lançar” Vida Partilhada), Eduardo Lourenço, Fernando Catroga (apresentador de Falar Sempre de Outra Coisa) e António Baptista Lopes, da Âncora Editora.