Ler Eduardo Lourenço confessa espreguiçadamente que ainda não se recompôs por completo da avalanche de ocorrências que marcaram o nonagésimo aniversário do ensaísta. Para além dos magníficos dois dias na Guarda por ocasião do congresso
Portugal e o seu destino – e como é estranho e, ao mesmo tempo, sintomático o silêncio a que os jornais (demasiadamente lisboetas?) votaram estas jornadas de debate e reflexão (os visitantes do
blog perdoarão, benevolentes, este desabafo...) –, da tão aparentemente inesperada quanto indiscutivelmente justa consagração de Jerónimo Pizarro, galardoado com o Prémio Eduardo Lourenço 2013, do lançamento de livros de Eduardo Lourenço (E são dois! A reedição, com novo pós-fácio, de
Os Militares e o Poder e o surpreendente
Vida Partilhada, editado na colecção Iberografias do Centro de Estudos Ibéricos – deles aqui se falará a breve trecho, fica a promessa feita...), da curiosa exposição bio-bibliográfica na Biblioteca Nacional (que, recorde-se, encerra apenas no próximo dia 14 de Julho),
Ler Eduardo Lourenço vem agora dar conta da oferta, no passado dia 6, do volume
Pensar Nove Décadas de Amizade ao aniversariante que, por não ser um habitual viajante da blogosfera, pôde desta forma ler os noventas textos, escritos pelos seus Amigos, sobre a sua personalidade e a sua obra.
Outra boa novidade que pode, desde já, ser avançada é que decorrem, neste momento, conversações para transformar
Pensar Nove Décadas de Amizade num livro oficialmente editado. Para essa edição está prevista a entrada de textos que, por diversos motivos, não foram incluídos na série publicada ao longo do mês passado neste
blog e impressas nesta versão artesanal, cuja capa, feita a partir de um desenho do artista catalão Sagar Forniés, acima se apresentou.
Eduardo Lourenço, João Tiago Lima e Carlos Mendes de Sousa na Guarda (6 de Junho de 2013)
Foto de Alexandra Isidro